Estamos vivendo um tempo nunca imaginado, com muitas restrições, perdas, lutos. Muitos ganharam, mas muitos perderam; perderam seus entes queridos. Perder algo, perder alguém estimado, nunca é fácil. O luto tornou-se algo cotidiano, ligamos a TV e assistimos a todo o momento o número de pessoas mortas aumentando, o número de desempregados crescendo, depoimentos de sofrimentos, etc. Quando se fala em luto, não é somente a perda de alguém muito querido. Vivenciamos o luto de diversas formas: a perda do emprego, uma doença, a perda de um animal de estimação, perda financeira, privação de coisas que gostamos, entre outras situações.
Mas a pergunta é: como lidamos com tudo esse bombardeio de informações que recebemos todos os dias? Uma boa forma de não sentir tanto o impacto de tudo isso, é filtrando o que você vê e escuta. Escolha um horário do dia para ficar ‘informado’, seja através da televisão ou rádio. Necessitamos de momentos de descontração, principalmente agora, onde todos já estamos cansados e sobrecarregados com os acontecimentos, com as mudanças nas nossas rotinas.
Necessitamos de válvulas de escape do nosso cotidiano, como ouvir uma música, assistir um filme, fazer uma caminhada, fazer exercícios físicos, ficar um pouco em silêncio, ter momentos de autocuidado; isso é muito importante para a nossa saúde física e mental. Você tem cuidado da sua saúde? Afinal de contas a vida não é só trabalhar!
Ficamos muitas vezes pensativos e temerosos quanto ao futuro, pois estamos em um momento muito delicado, sem a certeza que outrora tínhamos do nosso amanhã, em relação a nossa vida, ao nosso emprego, a nossa saúde, a presença de amigos e familiares. Ninguém está isento de perder alguém muito próximo. Penso que temos que viver um dia de cada vez, com perseverança de que o amanhã será melhor.
Nesse momento, precisamos manter os protocolos de segurança para cuidar de nós e do outro, buscando alternativas de válvulas de escape para melhorarmos ou mantermos a nossa saúde. Através de resiliência e determinação, podemos mudar a nossa rotina e melhorar os nossos dias. Podemos começar a fazer o que não fazíamos, podemos acrescentar uma nova atividade a cada semana e assim quando você perceber, fará ‘automaticamente’ aquilo que deseja, ou que planejou. Não é uma tarefa fácil, não existe fórmula mágica, mas é possível!
Mas se você estiver muito sensível, fragilizado, e perceber que sua saúde física e/ou mental está em risco, eu sugiro buscar ajuda profissional qualificada. Falar é um excelente ‘remédio’ para os nossos males, é falando que as nossas emoções são expressas, é falando que as dores vem à tona e têm a oportunidade de serem elaboradas, “curadas”; é através da fala que podemos nos conhecer e aceitar situações que não podemos mudar. É possível ter qualidade de vida! Sim, é possível!
Um grande abraço,
Vivian Albuquerque.